Overparenting ou obsessão de pais em guiar e proteger seus filhos segundo alguns estudos está criando uma geração de adultos-crianças incapazes. Julie Lynthcoot-Haims na entrevista que deu para revista Veja (05.08.2015), alerta para três tipos de comportamento exagerado de pais: 1. O superdirecionamento – onde os pais definem tudo sobre seus filhos, segundo seus próprios sonhos, carreira, hobbies, atividades. 2. A superproteção – aqui os pais envelopam seus filhos, mantendo-os em seu campo de visão, bem protegido, impedindo que estes passem por qualquer dano ou fracasso. 3. A superajuda – os pais nesta categoria atuam como se fossem um secretário particular muito especial, organizam e administram agendas, levam e trazem, preparam refeições, saldam dívidas, ou seja, disponibilizam grande parte de seu dia em função das atividades de seus filhos. O mais grave de tudo é que estes comportamentos dos pais, que iniciam na infância de seus filhos têm perdurado até os 30 anos! Criando estas crianças-adultas despreparadas para vida, para o trabalho, e principalmente para enfrentar os desafios e dificuldades que o mundo adulto impõe. Não é por acaso que vem aumentando o numero de pessoas nesta faixa etária que se sente perdida, confusa, ansiosa e deprimida, com sensação de vazio, e falta de perspectiva na vida, morando com os pais, sem estudar ou trabalhar, não se sentindo preparadas para assumir sua vida de forma autônoma. A autonomia tão esperada e importante para os seres humanos está cada vez mais postergada, a questão é alarmante!
